Red Flags para identificar Narcisistas

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Pessoas com transtornos mentais estão em diversos lugares. Em nossas famílias, trabalhos, ambientes sociais e também na Igreja. Relações com pessoas narcisistas são extremamente difíceis e facilmente tóxicas e abusivas.

Por isso é importante aprendermos a identificar as Red flags. Elas são bandeiras vermelhas, potenciais sinais de aviso que nos ajudam a identificar que algo está estranho, não vai bem, que precisamos tomar cuidado e prestar atenção. São sinais de alerta. O intuito não é sairmos diagnosticando ou rotulando as pessoas, mas para ficarmos espertos e nos prevenirmos. Para abrirmos os olhos sobre alguma situação que precisamos sair.

Dom Dysmas, prior da Grande Cartuxa, em seu livro “Los riesgos de la vida religiosa”, discorre sobre a questão dos abusos espirituais na Igreja. Ele realizou um acompanhamento de vítimas durante vários anos e investigou amplamente sobre o tema juntamente com estudiosos que incluíam teólogos, psiquiatras, psicólogos, religiosos e religiosas, entre outros..

Neste livro ele explica que em algumas novas comunidades que apresentam uma estrutura institucional piramidal onde muito poder está concentrado nas mãos de poucos e a comunicação acontece apenas entre superiores e subordinados, não sendo favorecida a comunicação horizontal (entre irmãos), há uma incidência alta de narcisistas entre os cargos superiores.

Não são raros os casos e escândalos que têm vindo à tona relacionados a figuras de fundadores de novas comunidades. Nem tampouco são raros os inúmeros relatos de vítimas que comprovam que, infelizmente, lugares que eram para ser saudáveis estão cheios de problemas de ordem mental, psicológica, humana e espiritual.

Mas este fato não se restringe apenas às novas comunidades de vida consagrada nem tampouco pode ser generalizado dizendo que só acontece com elas. Personalidades narcisistas provocando abusos espirituais podem estar nas paróquias, nas ordens antigas e também em associações de leigos. E, bem, também acontece o triste fato de que pessoas (religiosas e leigas) sem transtorno mental nenhum acabam realizando o mesmo tipo de abuso de consciência e de autoridade sobre os mais vulneráveis.

A Igreja especialmente através do Papa Francisco tem aprimorado sua forma de lidar com esses casos e preveni-los. Vou falar mais amplamente sobre isso em um outro texto. Hoje vamos nos concentrar em identificar as RED FLAGS dos narcisistas.

Transtorno de personalidade narcisista

O Transtorno de personalidade narcisista é um dos vários tipos de transtornos de personalidade. Trata-se de uma condição mental em que as pessoas têm um senso inflado de sua própria importância, uma profunda necessidade de atenção e admiração excessivas, relacionamentos conturbados e falta de empatia pelos outros. Mas por trás dessa máscara de extrema confiança está uma frágil autoestima que é vulnerável à menor crítica.

As estatísticas revelam que há prevalência maior entre os homens e que a população mundial que sofre com este transtorno pode chegar a 6%. Hoje já temos algumas linhas que trabalham com a classificação de subtipos de narcisistas, mas isto ainda não está completamente consolidado. O subtipo mais grave é considerado o Narcisista Perverso, que beira a psicopatia. O objetivo deste é literalmente controlar e comandar absolutamente todos os desejos e identidade de quem estiver próximo a ele.

Também encontramos grupos de apoio tanto para pessoas com o transtorno quanto para as vítimas que sofrem algum tipo de abuso ao se relacionarem com um narcisista.

O narcisista:

Tem uma sensação grandiosa da própria importância (exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas correspondentes);
É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal;
Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido por, ou associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com condição elevada;
Menospreza os que considera inferiores;
Demanda admiração excessiva;
Apresenta um sentimento de possuir direitos;
É explorador em relações interpessoais (tira vantagem de outros para atingir seus próprios fins);
Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e as necessidades dos outros;
É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que os outros o invejam;
Pode demonstrar comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes;
Espera ser servido e fica furioso quando isso não acontece;
Manipula os outros para atingir seus próprios fins e interesses;
É extremamente hábil em manipular;
Pode esperar uma grande dedicação dos outros e pode explorá-los abusivamente sem dar importância ao impacto que esse fato pode ter em suas vidas;
Tende a formar relações de amizade ou romance somente se a outra pessoa parece possibilitar o avanço de seus propósitos ou, então, incrementar sua autoestima;
Monopoliza as conversas;
Espera favores especiais e cumprimento inquestionável de suas expectativas;
Tende a discutir suas próprias preocupações de forma detalhada e prolongada, ao mesmo tempo que falha em reconhecer que os demais também têm sentimentos e necessidades;
A vulnerabilidade na autoestima torna o indivíduo com transtorno da personalidade narcisista muito sensível a “feridas” resultantes de crítica ou derrota. Embora possa não evidenciar isso de forma direta, a crítica pode assustá-lo, deixando nele sentimentos de humilhação, degradação, vácuo e vazio. Pode reagir com desdém, fúria ou contra-ataque desafiador a quem o atingiu;
Insiste em ter o melhor de tudo;
Eles são charmosos, carismáticos, atraentes, gentis, sensíveis e, atenção, exteriormente empáticos, afetuosos e preocupados socialmente com suas muitas amizades e relações, sempre superficiais, temporárias ou esporádicas. São atentos às necessidades do outro e estão disponíveis para satisfazer demandas ou desejos. Mas tudo isso apenas para ganhar e controlar sua vítima. Por isso são tão difíceis de serem identificados;
Eles sabem que as leis existem, mas fazem tudo ao seu modo, escondido e em meio às suas próprias leis. Agem na maioria das vezes nos bastidores, onde ninguém vê e dificilmente consegue denunciá-los;
Tem grande motivação em destruir a identidade de suas vítimas para controlá-las;
Preocupação excessiva com a sua imagem, em como está sendo visto pelos demais;
Quando é descoberto se sente acuado e se coloca como vítima.

O tratamento do transtorno é feito por meio da psicoterapia, que deve ter como foco auxiliar no melhoramento de traços da personalidade que estão causando prejuízos na vida do paciente. É possível que o psiquiatra prescreva medicamentos para lidar com possíveis comorbidades, como a depressão e a ansiedade. É importante frisar que este transtorno não tem cura.

As Red Flags

A primeira Red Flag é o nosso instinto. Nós temos uma capacidade incrível de perceber se algo está estranho. Contudo, essa capacidade inata pode estar anestesiada por nossa desatenção ou pode ser ignorada por nossos padrões de comportamento disfuncionais, vulnerabilidade emocional ou por estarmos apaixonados.

Depois temos alguns comportamentos comuns em relacionamentos com narcisistas. É basicamente o modus operandi deles. Notar estes comportamentos não classifica alguém como narcisista, mas deve nos levar a questionar mesmo assim, porque são padrões disfuncionais. Os narcisistas do tipo perverso são os que mais costumam agir do modo relatado abaixo:

Love bombing (bomba de amor): são ações para ganhar seu afeto e confiança. Pode ser bajulação, elogios, romance ou promessas do futuro. Depois de terem sua confiança, eles estão no controle. Um narcisista irá manipular você para conseguir o que ele quer. Quem recebe essa “bomba” de amor se sente especial, amado, valioso e digno, componentes que contribuem para aumentar a autoestima de uma pessoa. Isso ocorre porque essas ações ativam a dopamina e endorfinas (hormônios do prazer e bem-estar). Porém, apesar de você se sentir num pedestal, as intenções de uma pessoa que pratica o love bombing são contrárias. O intuito é fazer com que você seja totalmente dependente, colocando-se em uma posição em que possa ser controlado.
Mirroring (espelhamento): finge ter os mesmos interesses, gostos e valores para criar uma conexão imediata. Ele se torna o reflexo de sua vítima e a faz acreditar que é ele quem possui todas as qualidades. Mas na verdade tudo de bom que a vítima recebe está vindo dela mesma. Ele otimiza, aproveita e reflete de volta. A vítima cai em uma ilusão de pensar que encontrou alguém super parecido, ideal, um companheiro, mas na verdade está apenas vendo seu próprio reflexo espelhado pelo narcisista. É nessa fase também que ele está conquistando sua confiança e colhendo as informações, conhecendo suas forças e fraquezas (principalmente as inseguranças e vulnerabilidades) para usar depois.
Gaslighting: tem como objetivo fazer com que a vítima se sinta confusa com relação aos seus pensamentos e sentimentos, duvide de sua memória, das suas capacidades mentais, da sua percepção da realidade e até mesmo da sua sanidade mental, minando a autoconfiança e a autoestima, o que dificulta o rompimento do vínculo abusivo. Você começa a identificar problemas e erros nele ou na relação e ele faz você ficar confusa. Faz as acusações voltarem sempre contra você.
Stonewalling (tratamento do silêncio): uma forma de manipulação e punição por você falar algo que ele não gostou, ter questionado alguma coisa, ter se recusado a fazer o que ele queria. Você passa a temer este silêncio e a ver as coisas erradas e a não falar mais. Passa a sofrer calado. É tudo o que ele quer.
Hoovering (aspirando): quando percebe que você teve um momento de lucidez e ele percebe que você está se afastando, ele se sente perdendo o controle. Então vai fazer de tudo para te sugar de novo para o relacionamento abusivo. Geralmente com mais uma sessão de love bombing. Mas, não se engane, ele só quer recuperar o controle sobre você.
Recrutamento de flying monkeys: termo usado em referência ao filme O Mágico de Oz onde os macacos fazem o serviço sujo da bruxa e são seus serviçais. Os ‘macacos voadores’ são pessoas que defendem os narcisistas e atacam as vítimas. Elas fazem isso porque foram manipuladas e convencidas que o narcisista é uma excelente pessoa e ficaram cegas. Não sabem quem ele realmente é. Elas farão cobranças, julgarão, vão levar e trazer informações enquanto o narcisista não faz nada de forma direta. Não adianta tentar convencê-Los nem tentar fazer com que vejam a situação real. Eles estão completamente nas mãos dele e farão de tudo para defendê-lo, chegando ao ponto de serem agressivos. Ao usar essa estratégia, o narcisista testa os laços entre você e seus amigos e familiares, começa a conquistar as pessoas mais suscetíveis a ele e, de pouco a pouco, vai plantando uma imagem — de forma bem sutil, quase inocente — de que você é louco ou desequilibrado ou de “gênio difícil”. Seu objetivo é fazer com que, quando você precisar conversar sobre o relacionamento, as pessoas do seu círculo mais próximo não acreditem mais em você e fiquem do lado dele. A melhor forma de se defender dos macacos voadores é se afastar e bloquear completamente na sua vida, não permitindo que eles tenham oportunidade de te acessar. Os narcisistas costumeiramente tem um exército a favor deles. A sua melhor escolha é sair desse ciclo e se isolar para se reestabelecer e se reencontrar.
Ele nunca está errado: mesmo uma pequena diferença de opinião pode alterar o clima
Mentiras: você vai começar a perceber que ele mente em pequenas e grandes coisas. Se você o confrontar sobre as mentiras, ele vai dar um jeito de parecer que elas foram bem intencionadas. Ou vai fazer você sair com alguma culpa.
Dificuldade em aceitar ‘Não’ como resposta: se você se nega a fazer o que ele pediu, ele usa o tratamento do silêncio, começa a te depreciar, te isola de outras pessoas, faz o maior drama; usa o love bombing ou as cobranças para te pressionar a fazer o que ele quer.
Alguns tipos de narcisistas assumem erros, mas como seu erro fosse uma resposta plausível devido a alguma ação da vítima (culpabilização da vítima)
Avançam rápido demais na relação: querem logo namorar e se casar, ou mal te conhecem e já te dão responsabilidades, convidam para eventos íntimos etc;
Estão sempre disponíveis: se mantém presente na vida da vítima; aparece de surpresa, está sempre pronto a suprir algum desejo. Fazem com que as pessoas se sintam especiais de forma intencional.
Agem como se o que você faz fosse obrigação e você fosse um serviçal dele
Triangulação: usa duas pessoas ao mesmo tempo para jogar uma contra a outra. É uma forma de provocação. Serve para atacar a confiança e a segurança, para desestabilizar.
Quando é impedido de continuar te usando, começará a te difamar e usará pessoas para te atacar. Ele quer te ver sofrer. Quer que você reaja ou se submeta. Ambas as formas são de continuar tendo controle sobre você.
Descarte: a maioria dos descartes acontece sem nenhum motivo aparente. Ele se afasta completamente da vítima e esta sente como se seu mundo tivesse desmoronado. Nessa fase a maioria das vítimas faz de tudo para voltar para as mãos do narcisista.
Desfile com a nova vítima: após o descarte é muito comum que exiba a nova vítima. Ele faz isso para te desestabilizar e fazer sofrer ou para te fazer ceder em algo. Eles costumam de 2 a 3 vítimas ao mesmo tempo.
Farão com que suas vítimas jamais os esqueçam. Enquanto tiverem acesso a elas, procurarão formas de fazê-las sofrer. Se as ex vítimas bloqueiam o contato, aos poucos ele vai deixando para lá. Mas qualquer nova brecha é suficiente para ele voltar a atacar.
Tem o hábito de falar mal das vítimas em qualquer ambiente relacionado com elas. Faz isso ao mesmo tempo em que se faz de vítima e recruta os macacos voadores.
Alguns tipos de narcisistas têm consciência da dor que provocam em suas vítimas, mas não sentem empatia.
Fazem muitas cobranças tentando impor obrigações.
Por se sentirem especiais, têm o chamado senso de entitlement: acreditam que são merecedores de todos os privilégios, que estão acima dos outros.

O abuso

Os relacionamentos afetivos com parceiros que possuem o Transtorno de Personalidade Narcisista raramente são saudáveis. Na maior parte das vezes se tornam Relações Abusivas devido às características de personalidade desses parceiros.

Os indivíduos com transtorno narcisista costumam se sentir atraídos por personalidades permissivas, profundamente solidárias e compassivas. Pessoas como os empatas, que tendem a se autosacrificarem crônicamente, e serem dependentes emocionais, carentes e necessitados de aprovação.

Um dos sintomas mais comuns que costumam ocorrer quando alguém está imerso em um relacionamento abusivo é uma gradual falência das forças físicas e psíquicas em todas as áreas da vida. De início o desgaste é quase imperceptível, mas com o tempo e por conta da desistência massiva de si mesmo em nome de um outro, esse tipo de falência vai se instalando por todo o organismo de modo devastador.

Relações abusivas geram culpa. A vítima se sente culpada pela relação ter chegado ao fim, não consegue compreender bem o que viveu, se foi real e após saírem do ciclo de abuso sentem-se culpadas por terem se deixado enganar. Esses relacionamentos também geram uma profunda dependência emocional.

A violência psicológica por narcisistas perversos pode incluir abuso verbal e emocional, projeção tóxica, bloqueio, sabotagem, campanhas de difamação, triangulação junto com uma infinidade de outras formas de coerção e controle. Isso é imposto por alguém que não tem empatia, demonstra um senso excessivo de direito e se engaja na exploração interpessoal para atender às suas próprias necessidades em detrimento dos direitos dos outros.

Como resultado do abuso crônico, as vítimas podem lutar com os sintomas de TEPT (Transtorno de Estresse Pós- Traumático) ou TEPT-C (Transtorno de Estresse Pós- Traumático Complexo), se tiverem traumas adicionais como abuso por pais narcisistas ou mesmo o que é conhecido como “Síndrome de Vítima Narcisista” (Cannonville, 2015; Staggs 2016). As consequências do abuso narcisista podem incluir depressão, ansiedade, hiper vigilância, uma sensação generalizada de vergonha tóxica, flashbacks emocionais que fazem a vítima regressar aos incidentes abusivos e sentimentos avassaladores de impotência e inutilidade.

Pessoas abusivas se alimentam de drama, confusão, conflito e da dor emocional que causam na outra parte. Quanto mais reações emocionais a vítima demonstra, mais satisfeito ele ficará em causar sofrimento.

O Instagram @vitimas_do_narcisismo oferece suporte terapêutico para pessoas em situação de abuso ou pós abuso. É fundamental que as vítimas dos narcisistas façam acompanhamento psicológico.

Este link também pode ser útil: Você é uma vítima da síndrome de abuso narcisista? Nove sinais claros de abuso (worldsbest.rehab)

Técnica da pedra cinza e do contato zero

A técnica do contato zero consiste em bloquear qualquer contato direto com o narcisista e também as formas pelas quais ele possa te acessar. Quanto mais informações ele tem a seu respeito, mais ele vai tentar te atormentar.

A técnica da pedra cinza é para pessoas que não podem cortar 100% o contato com os narcisistas (como em casos de família ou de trabalho). Ela consiste em ignorar todos os ataques, não tentar se justificar. Dar respostas curtas e monossilábicas como sim, não, ok, tá bom, etc . Tornar-se totalmente apático quando encontrá-lo. Aparentar ser uma pessoa que não atrai nenhuma atenção, como se não tivesse nada para oferecer.

Dediquei-me a escrever este artigo devido as várias partilhas que tenho recebido nos últimos dois anos a respeito de relacionamentos com narcisistas, tanto na dimensão espiritual quanto afetiva. São experiências muito duras e de grande sofrimento psíquico. Tudo isso me levou a estudar mais a fundo a questão do trauma religioso e a questão dos abusos espirituais também.

Em minha experiência de estudo e de acolhimento dos relatos, noto que comunidades religiosas conservadoras e grupos de leigos mais extremistas/tradicionais também têm sido um ambiente bastante favorável para este tipo de indivíduo atuar.

Espero que este post ajude a compreender situações que algumas pessoas têm vivido ou já vivenciaram. E que também possa servir a nos prevenirmos, na medida do possível, de sermos enganados por indivíduos que agem assim. É bem verdade que é muito difícil identificar quando estamos em uma situação assim com um narcisista.

É grande sinal de maturidade também quando aprendemos que, infelizmente, na Igreja não encontramos apenas pessoas bem intencionadas. Quando nos depararmos com pessoas, sejam sacerdotes, leigos consagrados, leigos comuns, madres superioras, formadores, religiosos, religiosas, amigos, familiares que demonstram algum desses sinais de alerta, precisamos nos abrir à possibilidade de que algo esteja realmente errado. Especialmente no âmbito das relações de obediência e de direção espiritual, temos que ter uma grande esperteza para não cairmos em abuso de consciência e de autoridade.

Matrimônios onde um dos cônjuges apresenta este transtorno de personalidade devem ser acompanhados de perto através de psicoterapia e de algum pastoreio espiritual. Assim como as crianças filhas de pais ou mães narcisistas e vice versa. E pessoas solteiras devem ficar de sobreaviso, especialmente as mulheres, para não acabarem em um relacionamento abusivo e com graves consequências psicológicas.